quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Parei com aquela vida

Ele não acha mais graça em quase nada. Também não gosta de beber tanto e nem participa de programas com amigos. O carro dele é o mesmo, mas não faz mais tutz tutz tutz, no máximo uma rockzinho no volume baixo. A música que ele ouve nos últimos dias é "Hurt" (Johnny Cash). Bem baixo astral, principalmente quando diz “I focus on the pain... Everyone I know goes away in the end”. No porta-malas, eu não arrisco ver o que tem, mas certeza que a não é a vodca russa. Hoje, acompanhá-lo é saber que o cansaço vai chegar logo e ele vai pedir pra embora mais cedo, mesmo que você queira ficar. Mas ele continua bonito, divertido nem tanto e em seus cabelos faltam alguns fios. Na volta pra casa, o silêncio predomina, ainda que o programa lhe tenha rendido muitas histórias. Puxar assunto é até arriscado, no máximo você ganha um sorriso de canto de boca. Ele mudou e agora chora a dor de ver seus amigos indo embora. Depois de três dias o procurando, eu também desisti. Como prometeu, ele parou com aquela vida!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O tempo não para

Sinto que a minha vida tem caminhado em passos rápidos e eu realmente tenho pressa. A minha vontade é de rasgar as folhinhas do calendário para ver se o tempo corre. Mas que ele seja lento o suficiente quando eu...

... fizer ele perceber o quanto é fundamental na minha vida (R)
... ter com ela os finais de semana mais mágicos sem perceber que já se passaram dois dias (F)
... dividir com ela as idéias mais inteligentes e, ao mesmo tempo, as mais divertidas (M)
... sem piscar os olhos, assistir o quanto é lindo vê-la cuidando daquele anjinho (C)
... sentir a força e a energia positiva que tem aquela pequenina (P)

e ainda quando eu...

... abraçar aquele que eu nunca toquei e já o amei (M)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dias melhores pra sempre

Por que eu nunca posso estar envolvida com os meus planos e usar isso como desculpa para qualquer coisa?

Eu tenho consciência que envolver pessoas amigas nos meus objetivos seja a maneira mais rápida e eficaz de concretizá-los. Mas é tão bom “zerar” a vida e achar que posso fazer sozinha. Estou naqueles dias em que tenho vontade de recomeçar tudo.

Algumas coisas já nascem lendas na minha vida, outras eu faço virar mitos. E algumas pessoas eu transformo em bonecos. Foi a forma mais divertida que eu encontrei para esquecer esses seres, agora inanimados, que pertenceram ao meu mundo real e me fizeram ter sentimentos verídicos.

Ok! Eu sei do meu dom de fazer as pessoas não entenderem o que escrevo. Na verdade, eu escrevo pra mim mesma e confesso que se demoro pra reler também esqueço do que falava.

Coincidências e mistérios sempre circundaram a minha trajetória. Antes gostava disso e achava engraçado; hoje tenho medo.

É impressionante como sempre atraio pessoas parecidas e estas conseguem ter problemas de carência e uma sensibilidade mais aflorada que a minha. E eu me sinto perdida quando estou triste, mas não consigo derramar uma só lágrima. Sinto-me também confusa quando interrompo o momento de tristeza como uma rapidez incrível.

Não! Eu não quero guardar isso em mim. Mas é pior, eu não consigo! Sofrimento é uma palavra que até faz parte do meu vocabulário, mas não é sentida com todo o peso que ela tem.

Certa vez uma amiga me disse que eu deveria “sentir todos os sentimentos”. Apesar de concordar, passei a me achar - naquele momento somente - a pessoa mais sem coração do mundo. E cheguei a conclusão que: eu sinto os sentimentos, exceto os que me fazem mal, eles atrapalham o percurso dos meus sonhos.

O que eu tenho de mais valioso é o meu bom humor e o otimismo que carrego todos os dias que Deus me deu. Acredito com toda força que a fé que tenho no meu Senhor e a minha energia para lutar são suficientes para um caminho iluminado.

Posso então tirar de uma vez e sem temer o que me faz mal? Estou permitida a não deixar a palavra “sofrimento” ter o peso que ela merece?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Paixão vulnerável

FOI ELE QUEM ESCREVEU...

Por isso eu gosto ainda mais de você, sem meias palavras...
Sair com você? Tem coisa melhor que isso? Com amigas de infância eu não tenho tanto assunto como com você... Um barzinho, um chopp, uma conversa agradabilíssima onde o tempo (e o chopp) voam.

Te vejo alem da mulher maravilhosa, uma pessoa independente.. sem cartas na manga, se eu pudesse escolher alguém pra ter uma relacionamento sério (do tipo: “Alô. Amoooooor, estou na locadora, qual filme alugo para assistirmos no domingo”), seria você. Que alem de tudo, é minha amiga e compartilhamos nossos interesses.

Namorar com você? Adoraria!! (não que eu tenha interpretado como sua vontade, mas porque é a minha mesmo!!!)

É, talvez eu tenha me empolgado neste último parágrafo... mas é verdade!! Não quero que se preocupe com o que penso de você, porque penso e quero coisas boas.


SEM MOTIVO APARENTE, DUAS SEMANAS DEPOIS ELE FICOU BEM DIFERENTE. VAI ENTENDER!!! ONDE ELE ESTÁ AGORA? NÃO FAÇO IDÉIA!!!!

SÓ SEI QUE FOI ASSIM...


É impressionante!

Muito me impressiona o poder que as pessoas têm em falar o que não sente. Muito me impressionam as pessoas que vivem sem paixão pelo que fazem. Muito me impressionam as pessoas que não têm ambição. Muito me impressionam as pessoas que conseguem sonhar com os dois pés enterrados no chão. Muito me impressionam as pessoas que não possuem bom humor. Muito me impressionam as pessoas pessimistas. As pessoas me impressionam.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Eu não tenho direito a

Sentir ciúmes
Ter saudades
Gostar...

mas eu sinto tudo isso e mais uma vez derramo lágrimas do ano passado.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Segundo dia do ano

Fui ao cinema assisti Marley e eu. Chorei!
Voltei pra casa e assisti Gia. Chorei!
Meu irmão chegou. Discutimos. Chorei!

E eu só queria ficar aqui no pc, ouvir Nando Reis e conversar com o meu mais novo amigo.


*Ao som de "As coisas tão mais lindas" - Nando Reis

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Refazendo o post

Comecei a escrever sobre a minha primeira revolta do ano novo. Acho que as energias se rebelaram contra mim e de repente a janela fechou e eu perdi todo o texto.
Eu contava que embora eu tivesse mais três dias inteiros de férias, resolvi voltar pra casa. Pois é, senti falta do meu lar.
Na viagem percebi que coisas que fazia antes já não erão tão legais. Fui em uma micareta (Jammil) e achei tudo tão estranho como se fosse a primeira vez. Mesmo rodeada de pessoas conhecidas, eu me senti um peixe fora d'água. E para completar a brincadeira, roubaram o meu celular. Mas isso foi ano passado, certo? Não! Eu continuo sem ele e com prejuízo. Nada mudou simplesmente porque trocou um algarismo na data.
Os meus problemas são os mesmo do dia 31 de dezembro e essas "não mudanças" me fizeram derramar lágrimas hoje. Inclusive o título do post era "Derramei lágrimas do ano passado no ano novo". Poético até demais, não!?
Ah! Estava escrevendo também que pulei as sete ondas e que fiz sete vezes o mesmo pedido. Incrivelmente não lembrei de mais nenhum objetivo para 2009. Foco? Até gosto bem dessa palavra, mas nem pensei nela, simplesmente nada mais me veio à cabeça quando fiz a simpatia.
Depois dos pulos, andei com o grupo - 15 pessoas - pelas areias de Riviera. Ouvi coisas legais como também presenciei a uma atitude ridícula para começo, meio, fim e qualquer época de qualquer ano. Essa foi a primeira revolta de 2009 e consequentemente a minha primeira falta de educação. Mas antes tenho que contar sobre a protagonista (mesmo sem querer) da história.
Ela é bondosa e sensível. Desde quando me juntei ao grupo percebi que ela se sentia excluída. Eu, Sávia, carinhosamente fiquei perto dela o tempo inteiro, como se ajudasse a suprir essa "carência". Notei que ela não estava satisfeita com o seu corpo e se sentia deslocada do resto da galera que era composta, em sua maioria, de mulheres magérrimas. Obviamente não me incluo nisso, mas também não poderia fazer duplinha com a protagonista, uma vez que gosto do meu corpo mesmo com os quilinhos a mais (putz poderia ter pensado nisso na hora das ondas, enfim...).
No passeio pela praia um cara se aproxima dela, diz alguma gracinha, ela não dá bola e continuar a andar ao meu lado. Já de costas para este ser, ele grita "tão feia e se acha". Nada me restou a fazer a não ser mostrar o dedo do meio. Olhei pra ela e escutei com uma voz de choro a seguinte frase: "Você ouviu o que ele me disse?". Eu sou mulher e sei o que isso significa. Fiquei com o coração totalmente apertado e ela chorou, me abraçou, disse que não queria que eu fosse embora e pediu para eu ficar até o fim das férias. Até pensei em comprar o abadá da micareta do sábado (Ivete e Timbalada), aí eu lembrei de como me senti no Jammil somado a futura compra de um celular novo = desistência fácil e rápida. Por fim, tentei destacar as suas qualidades e consegui tirar um sorriso do rosto dela. Hoje, já em casa, e refletindo lembrei de algumas situações em que me senti excluída e por motivos bem fúteis.
E por falar em futilidade, eu sempre quis ter uma blusinha da Billabong. Esse ano passei o reveillon com uma e daí? Ah! Não sei! Eu só quis comentar isso porque tinha outra coisa tão idiota quanto isso para dizer. Precisava ligar um parágrafo no outro, entende?
Quando acabaram os fogos e fomos passear pela praia, uma das garotas magérrimas falou algo do tipo: "Ah pra começar o ano bem todas temos uma missão de beijar um cara". Os meus 25 anos disseram que isso era tão idiota quanto a minha blusinha da Billabong que tá no balde de roupa suja com várias outras sem marca alguma.
Por mais rabugenta que estou ficando, estou gostando de ter essa idade. E mesmo sabendo que nada ainda mudou, as energias do otimismo já estão me rondando. Austrália! Austrália! Austrália! Austrália! Austrália! Austrália! Austrália! SETE VEZES!