domingo, 28 de dezembro de 2008

É apenas uma semana

... e eu já sinto saudades como se fosse ficar muito tempo fora.

"There will never come a day,You will never hear me say,That I want or need to be without you.I wanna give my all.Baby just hold me,Simply control me,Because your arms, they keep away the lonely.When I look into your eyes,Then I realize,All I need is you in my life,All I need is you in my life.Cause I never felt this way about lovin',No,Never felt so good baby,Never felt this way about lovin,it feels so good."

Never Felt This Way - Alicia Keys

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

Papai do céu, faça chegar o mais rápido possível o ano de 2009. Não aguento mais sentir as SACOLAS esbarrando em minhas pernas por onde passo. Não suporto mais ler LIQUIDAÇÃO de natal em qualquer loja de esquina. Estou de saco cheio de ouvir as pessoas perguntarem se eu já comprei os PRESENTES. Posso apenas ir à missa? Obrigada!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Inconsequente

Eu sei o que fiz e
não sei fingir esquecer.
Não, eu não esqueço!
Fui incosequente!

sábado, 29 de novembro de 2008

"Por você eu faria mil vezes"

Clique no título!

Um estranho no ninho

Sala de espera de médico é sempre o mesmo blá blá blá: a demora. Olhei no relógio e marcava 14h10. Próximo a mim conversavam quatro mulheres e um senhor, que vestia calça preta e camisa verde desbotada. O papo não me agrada nem um pouco, ponho os fones de ouvido e toca Pedro Mariano. Cantarolo em silêncio. De repente me surge uma interrogação. Tiro os fones - como se isso ajudasse a pensar - e me pergunto: o que essse senhor faz numa sala de espera de um ginecologista? Olho curiosa e não vejo nenhuma identificação familiar com as outras pacientes. Recoloco os fones, não dá tempo de ouvir nem duas músicas, escuto a médica chamar o meu nome. Saio do consultório com aquela sensação de que ser mulher não é nada fácil. São 14h50, vou embora e aquele senhor continua na mesma posição conversando com as novas pacientes que esperam para ser atendidas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Apresentação

Ela é teimosa. No auge dos seus 25 anos busca incansavelmente o que ainda não conseguiu atingir. Poucas vezes frustra-se com a vida. Mas quando isso acontece, age cautelosamente.
Tem traços físicos da mãe e é morena como o pai. Com cabelos e olhos negros, mede 1,67 e pesa 59kg. Gosta do seu corpo e briga com a balança só nos dias de TPM. Dias estes que são suportados por seu pai e seus irmãos mais novos, com quem divide a casa e a responsabilidade.
Estudante de jornalismo, trabalha em um portal de notícias, e não hesita gastar o seu dinheiro com comida, livros e cursos. Adora estudar. O mesmo gosto não é dividido com os irmãos e isso é motivo de briga constante. A Sávia é típica irmã mais velha. Às vezes tem postura de mãe, porém é consciente de sua atuação em casa.
Vista pelos amigos e familiares como a 'menina corajosa', tem medo de decepcioná-los e por isso usa uma capa de heroína. Não é muito sensível e odeia choros. Mas ela chora... escondida... para jamais demonstrar fraqueza.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Chorar de rir

- Tirei zero na prova!
- Fui demitida! Ganhei!
Caimos na gargalhada.
Esse foi o nosso primeiro diálogo depois de trinta dias. Encontrar com ela já é uma competição de novidades. Algumas maravilhosas, outras desesperadoras. A gente fala pelos cotovelos. Somos tão parecidas apesar de sua loirice e da minha morenice. E o mundo pode dar voltas e ela pode dar voltas ao mundo, mas o seu retorno é no mínimo engraçado, mesmo com todos os nossos problemas de paixões e profissões.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Hoje eu quero viver o seu mundo

Hoje eu quero ser imprudente. Ter um dia de atitudes inconseqüentes. Hoje eu quero construir o máximo de histórias. Risadas por nada e por tudo e por 24 horas. Hoje eu quero jogar só o seu jogo. Ter um dia “confinada” ao seu corpo. Só hoje eu quero...

domingo, 23 de novembro de 2008

Jogo de Xadrez

Paciência é o segredo
Ele é o meu rei e eu ainda não sou a sua dama
Ele dá passos curtinhos, eu ando todo o tabuleiro
Ele é discreto e eu sou toda exagerada
Ele chega de mansinho e eu já invadi
Ele é cheio de mistérios e eu toda transparente
Ele sabe todas as minhas artimanhas e eu não consigo decifrá-lo
Ele está sempre cercado por outros jogadores e eu sempre em busca do cheque-mate
Surpreendentemente ele avança, e eu recuo
Mas ele é cauteloso e eu inquieta
Ele me estuda para atacar e eu ataco sem pensar
Ele é paciente e eu...
... eu perdi o jogo.

Ouça mais e fale menos!

Parece que está todo mundo numa correria absurda e que a vida social é realmente algo paralelo. Todos fazem as mesmas coisas... muitas vezes em vão. Tanto esforço e tanta cobrança para quase nada. Aliás, eu vivo no “quase”. A minha vontade de recomeçar é sempre tão constante, que agora mesmo sinto a necessidade de mais uma vez jogar tudo para o alto e dar um novo início. Ao meu lado esquerdo, um homem de no máximo trinta anos, faz contas num caderninho. Com a mão esquerda na testa, como se estivesse pensativo e preocupado, de novo faz a mesma conta. Estou no metrô voltando de mais uma tentativa frustrada que me fez perder tempo, aula na faculdade e dinheiro. Paro para atender o celular, é uma amiga dizendo que o “dia foi caótico”. Eu bem sei como foi o meu. Mas segui o conselho “ouça mais e fale menos”. Já estou até imaginando chegar em casa, ligar para minha mãe, e ouvir a frase de sempre “Filha, tenha paciência, tudo ao seu tempo”. Tempo esse que passa rápido demais. Faltam apenas 17 dias para o meu aniversário de 25 anos e nem estar mais magra eu consegui. O homem parou de fazer contas, e com a visão ao longe, ouve música. Faltam três estações e a vontade de voltar pra casa é quase zero, apesar do salto alto incomodar. Sinto-me sozinha no meio desse mundo de pessoas tão diferentes vindas de lugares distintos. Queria poder gritar e fazer as pessoas entenderem o quanto estou fragilizada. Pois é, eu uso uma capa. AMIGOS, EU NÃO SOU TÃO FORTE E CORAJOSA COMO VOCÊS IMAGINAM! Corre uma lágrima que faz borrar a minha maquiagem – mais um utensílio de mulher adulta. Achei que chegaria nessa fase decidida, mas continuo cheia de dúvidas, medos e incertezas. Desço do metrô chorando e todos me olham como se estivesse com dó. Eu respondo com um olhar de reprovação e penso revoltada: “Eu não sou nenhuma coitada, sou mulher, adulta e tenho 25 anos”. Antes mesmo de chegar em casa, minha mãe me liga e diz a frase já esperada. Pareço conhecê-la um pouco. Coloco o pé na sala e ouço: “Filha, está tão bonita, onde foi?” Era o meu pai que nem percebeu minha cara de decepção. Esse, com certeza, foi o melhor momento do dia. E amanhã? Ahhh amanhã é outro dia.

Bola rolando...

Meio de campo. Começa o jogo! Não importa o esporte, ganhar é sempre o ideal. Mas não desse jogo de que falo agora. Nesse o bom é empatar. Mas um empate com gols. Subestimar o adversário nem pensar. Também não vale ficar só na defensiva. A competição tem que ser saudável. Cuidado com as faltas! Elas podem te render um cartão amarelo ou ainda um partida sem jogar. Se a bola for pra lateral, respire fundo e estude a melhor tática. Na grande área, seja cauteloso. Observe se não está impedido. No contra-ataque, derrubar o oponente é algo impensável. Advertência grave é expulsão na certa. Também tem que suar a camisa para não ser substituído. Se fizer gol, relaxe um pouco e ceda. Afinal, empatar é o objetivo.

Vou parar com essa vida

Tutz tutz tutz. Esse é o som que sai do carro dele. E não é baixinho. Ouve-se o barulho e já aponta na esquina o seu corsa preto com rodas brilhantes. Um cumprimento do tipo “Vai Savião” dá o tom da noite. Noite essa geralmente regada de muita bebida e risadas. Acompanha-lo é saber que não tem hora para voltar. O celular não pára de tocar nem por um segundo. E ele tem três telefones. No caminho, por várias vezes o ouço repetir o endereço do local. A balada inicia na porta. Sempre tem entradas “vips” e gosta de dividir as regalias com todos. Vai até o porta-malas do carro e tira uma vodca russa, Stolichnaya, garrafinhas de energéticos e copos descartáveis. Sim! Ele vem preparado e compartilha com os amigos o famoso “esquenta”. Dentro da danceteria, parar só se for pra falar com alguém conhecido e isso acontece o tempo inteiro. Pois é, ele é popular, além de bonito e divertido. Sempre termina a noitada com muito mais amigos do que quando chegou. Galanteador e com um bom humor invejável, tem o dom de agradar as mulheres. No auge dos seus 23 anos, de segunda a sexta, trabalha numa grande empresa, leva a irmã na escola e pega trânsito todos os dias de casa para o trabalho e vice-versa. A noite termina com as gargalhadas embriagadas e papos sobre as paixões vulneráveis. No carro, o cansaço aparece para todos, menos para ele. O dia está começando, o sol aparece e o Márcio ainda tem pique para refletir sobre a vida e contar o quanto é difícil achar a panela de sua tampa. Acreditem se quiser, mas ele também é romântico. Chegamos na minha casa, agradeço por mais uma noite, desço do carro e ele encerra sempre com a mesma frase: “Vou parar com essa vida”.

Estou cega!

Um bom papo acompanhado de um lanche ótimo e sobremesa magnífica. Depois na sala de espera, trailers de filmes e gostosas risadas davam o toque especial. Do outro lado, barulho de pipoca, um copo de chop sendo jogado propositadamente no chão, uma discussão sem fundamento. A noite "tensa" parecia dar o ar da graça. Mas esses eram coadjuvantes, o protagonista do dia foi "Ensaio sobre a cegueira", o filme. Cópia fiel do livro. Até tirou aquela má impressão que eu tinha de que o livro é sempre melhor que o filme, o que me deixava sem tesão em assistir. Mero engano. Enredo pesado, quase sem trilha sonora. Momentos sem imagens e com muito som, me faziam contorcer na cadeira. Horrível era também olhar. Algumas vezes hesitei tapar os olhos. Por instantes, consegui até pensar no ditado: "é melhor ver do que ser cega". Trocadilho? Não! Pura realidade. Eu só não desconfiava, ou nunca parei para pensar, no quanto sou "cega" para um monte de coisa. E não foi só a minha visão a única abalada pela trama. Cheiro. Sim! Tinha cheiro! E era nojento. Exageros? Talvez! Quase meia noite, o público, de no máximo vinte pessoas, sai da sala em silêncio, possivelmente com o mesmos sintoma que o meu: a cegueira branca!

Não tenha expectativas

Certa vez um professor de Relações Interpessoais disse que “se não sabe lidar com decepções, não tenha expectativas”. Desde então, e isso faz dois anos, passei a adotar como lição de casa. É difícil não ficar ansiosa diante de algumas situações, mas confesso ter aprendido a ser um pouco e só um pouco mais tranqüila, apesar de ainda não ser adepta do “deixa a vida me levar, vida leva eu”.

Minha história é constantemente marcada por reencontros e coincidências (se é que elas existem). Um, em especial, tem sido extremamente maravilhoso, mas me fez desaprender tudo que o meu professor havia me ensinado.

E com ele compreendi que... criar expectativas é aumentar a fé e que esperar é também viável. Só não me fez entender ainda que só quem perde ou ganha é quem joga. Por enquanto, o medo me faz ficar no 0 x 0. E o medo também não é de todo mal, me faz agir com cautela, mas quebra toda a minha tranqüilidade.

Ehhh... acho que preciso de mais uma aula!!